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Tenho testemunhado ao longo da minha vida uma série de episódios uns com finais felizes e outros nem tanto, que tem me levado uma profunda reflexão sobre quais são as características que os SERES HUMANOS, em geral, precisam desenvolver para SEREM mais do que bem-sucedidos, FELIZES? É claro, que a resposta para esta pergunta, mesmo para uma psicóloga, não é nada simples de responder, pois no que diz respeito ao SER HUMANO, estamos tratando do assunto da maior complexidade e que qualquer reducionismo seria no mínimo, um ato irresponsável. Mas, com o objetivo de compartilhar minha reflexão, acho que seria interessante chamar atenção para uma destas tão importantes características, o que não significa, que é mais nem menos que outras tantas, também relacionadas a um conjunto de competências emocionais, que são consideradas hoje essenciais aos profissionais deste terceiro milênio – a ASSERTIVIDADE-

Considero importante ressaltar esta característica não só pela compreensão equivocada que algumas pessoas têm a respeito do mesmo, mas pela própria dificuldade de entender no que consiste o comportamento assertivo e seus benefícios para a própria pessoa e para os relacionamentos tanto de natureza profissional como pessoal.

Estamos numa sociedade que apesar da crescente violência, as pessoas têm muita dificuldade de lidarem com a agressividade, e muitas vezes esta agressividade é confundida com a assertividade, de tal modo, que pessoas agressivas se autointitulam de assertivas ou muito francas, ou até o contrário, algumas pessoas não assumem suas posições de forma simples e autêntica, com receio de serem agressivas.

Por isso penso que o nosso primeiro passo é entender o significado literal da palavra assertividade, com o auxílio do nosso atualizadíssimo dicionário do Houaiss, que diz que assertividade é “qualidade ou condição do que é assertivo; assertivo: “que faz uma asserção; afirmativo locutor declara algo, positivo ou negativo, do qual assume inteiramente a validade; declarativo; afirmação que é feita com muita segurança, em cujo teor o falante acredita profundamente”.

Outro passo é sabermos que existem 4 tipos de comportamentos: passivo, agressivo, agressivo/passivo e assertivo. Cada um deles tem vantagens e desvantagens dependendo do momento em que for manifesto. Quando digo manifesto, é uma forma de chamar a atenção para a ideia de que comportamento é algo situacional, que pode mudar de acordo com o momento e a situação, em função disto, uma mesma pessoa pode ter os 4 comportamentos, ainda que certamente exista uma tendência maior as pessoas agirem de determinada forma em circunstâncias “normais”, ou seja, o indivíduo tende a adotar um determinado estilo como mais frequente. Esta constatação nos confirma a ideia de que podemos mudar um comportamento se percebemos que ele não está valendo a pena, isto é, não satisfaça as nossas necessidades, expectativas e objetivos pessoais. Podemos desenvolver a nossa assertividade.

Neste ponto, relembramos um outro conceito importante, que é o de motivação, ou seja, quais os motivos que nos levam a desenvolver o comportamento assertivo, e com certeza nada responde melhor a esta pergunta se genericamente, considerarmos os benefícios que o comportamento assertivo pode nos trazer: -Lidam com os confrontos com mais facilidade e satisfação; -sentem-se menos estressadas; – adquirem maior confiança;
-Agem com mais tato; – melhoram sua imagem e credibilidade; -expressam seu desacordo de modo convincente, mas sem prejudicar o relacionamento; -resistem às tentativas de manipulação, ameaças, chantagem emocional, bajulação etc.; -sentem-se melhor e fazem com que os outros também se sintam melhor.

Sabemos da importância e temos motivos para ser assertivos, agora uma terceira questão: como desenvolver? sem pretender dar “receitas” prontas ou mágicas, cabem algumas dicas já comprovadas que podem ajudar a quem está interessado no assunto: – Mudar o DIÁLOGO INTERIOR – de negativo para positivo; -levar em consideração seus DIREITOS e os do outros e desenvolver a AUTOESTIMA. Estas novas atitudes podem ser desenvolvidas através de modernas técnicas de treinamento ou em alguns casos através de processos psicoterápicos.

Pense nas diversas situações de sua vida profissional e pessoal, em que a sua falta de assertividade fez com que você não conseguisse obter o resultado desejado, e sentir-se verdadeiramente realizado com suas conquistas. Quantas vezes, você deve que “engolir” a raiva gerada pelo sentimento de que deveria ter dito algo que não disse naquela determinada hora? Quantas vezes você se viu “obrigado” a fazer determinadas coisas por não ter tido a coragem de dizer não para o outro? seriam inúmeros exemplos, o mais importante é que pensemos sobre o assunto e busquemos ser mais assertivos em algumas situações, para que possamos não só expandir a nossa inteligência emocional, mas principalmente desenvolvermos relações interpessoais na vida pessoal e profissional, mais autênticas, harmoniosas e prazerosas. Só lembro, que não podemos ser assertivos, sem sermos empáticos, pois como, desenvolver a nossa própria assertividade se não formos capazes de aceitar a assertividade do outro, e nos melindramos e achamos que quando se trata do outro, ele está simplesmente, sendo curto e grosso! Egoísta! ou qualquer outro “desqualificativo”, que expresse a nossa incompetência em lidar com esta questão! Pense nisto!

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